Casulo

O amor é um sentimento tão egoísta por natureza. Queria conseguir controlá-lo e deixar quem eu amo sair do meu coração... de uma vez por todas. Ou de uma forma menos dolorosa. Seria mais viável se o fizesse sair da minha vida. Mas preciso crescer e superar minhas fraquezas. Prometi pra mim mesma estar presente, ser amiga. E pelo menos essa promessa não será em vão. Porque a felicidade dele me faz sentir tão bem e tão mal ao mesmo tempo? Nunca o vi tão bem, tão jovem! E nunca me senti tão mal, totalmente com vontade de me isolar do mundo real; criar uma cápsula hermeticamente fechada. Logo eu que sempre fui tão alegre, às vezes beirando a idiotice... Ah!, se houvessem ao menos previsões, se eu conseguisse sentir isso por (em) outro alguém. Eu só quero vê-lo feliz, isso deveria me compensar. Contudo, esse formigamento momentâneo em minhas narinas e essa ardência em meus ohos só manifestam dor, carregando um peso de raiva junto. Não raiva dela, mas talvez pensando em como eu podia ter continuado... Eu sei, eu sei, a culpa não é de ninguém. E porque minha mente não entende isso? Pra que aprender isso da forma difícil? Não entendo mesmo. Amar não deveria ser um erro, era pra ser algo bom e como consegue causar tanta solidão? Assim como a lagarta tende a vira borboleta, espero que isso se transforme em algo belo... o mais rápido possível.